quarta-feira, junho 20, 2007

Quem?

Parei de escrever, você reparou?
Se visitava essa página com freqüência deve ter reparado.
E digo que talvez tenha sido por inércia. A inércia das coisas. As coisas passam e a gente deixa de escrever. Pobre de mim que achava que escrevia algo que prestasse.
Podem vir elogios, críticas e afins. Nã dou jeito pra coisa.
Dou jeito pro sorriso, pro abraço e pro carisma. Talvez nem isso.
Não dou pras artes. Música, literatura? Sinto muito!
Tirei umas fotos bacanas, mas quando me peguei separando as melhores das piores numa pasta num computador, descobri que algo havia tomado rumos diferentes.
Atrevo-me a dizer que não fui eu quem errei, e sim a arte.
Ela sim errou, já vem errando tem um tempo, e nós, frutos, levamos a culpa das cagadas.
Minto, não foi a arte. A arte sempre foi e smepre será bela. Seja ela antiga, contemporânea, seja ela tendenciosa, seja ela comunista.
Daquela história de que arte deve ser vista com os olhos de uma época. É fato, meus amigos.
Mas essa nossa época. Péssima época.
Retiro o que disse! Não é a pobre (rica) da arte que é culpada! Somos nós!
Eu me culpo em particular. Não que haja alguma influência minha na arte, mas a minha arte. Pobre (pobre mesmo) desta! Da minha arte, eu sou inteiramenten culpado de seu fracasso!
O artista, hoje, é um destruidor em potencial. Chegamos a um ponto em que a destruição também é arte... Afinal, o que é arte?
Esse discurso soa saudosista. Mas que saudosismo pode um "nem adulto" como eu ter?
Saudosista o cacete!
Tenho medo! Mas estou feliz que consegui, pelo menos, nesses poucos minutos, nessa madrugada, véspera de mais um dia qualquer (ou não), escrever algo!
Um desabafo que morre assim que clicar em "Publicar Postagem".
Desabafo que morre afogado no mar de textos e imagens que é nossa internet.
As palavras morrerm, mas eu ainda não!
Sabe-se lá Deus se acordarei depois dessa noite mal dormida.
Terei eu mais um dia? Alguns? Uns meses? Anos, quem sabe?
As piadas, a dor-de-cabeça que vai e volta, os flertes irreponsáveis, o calor, o ônibus, o mendigo, a fome e o desejo inútil de tentar levar a saúde a sério!
O cotidiano passa! A gente não vê!
Mas desabafar é bom! Daí o outro comenta "É bom mesmo! Isso passa!"
Passa! O caralho que passa!
Deixa eu ser histérico! Mas só hoje! Nesse dia, véspera de "sei lá o que dia".
Deixa! Não me critica! Nem me machuca!
Mas se dia desse te machucar, e tiver a razão, não poderei pedir perdão!
É o orgulho, sabe? Faz bem, mas faz outros também...
E se você for religioso, desligue isso!
Devia ter escrito algo cômico. A vertente cômica da depressão é menos dramática, se é que me entendem...
Para aquele que bateram os olhos nessas letras e leram até aqui, eu pergunto:
"É doido(a)?"


Um abraço que daqui pra amanhã já é hoje...

E estou ouvindo jazz, caso perguntem...

"But Not For Me":

"I was a fool to fall, and get that way,
Hi ho! Alas! And also Lack a day!
Although I can't dismiss,
The memory of her kiss,
I guess she's not for me."